25.6.09

Do outro lado do Pontal

"No restaurante em frente à praia o prato executivo custa doze reais. Você senta de cara para uma vista avassaladora e paga doze reais para o garçom falar uma língua incompreensível, onde “o seu Matte é diet” parece “tomate diet”, e trazer uma travessa de comida ao invés de um simples prato. Além de gigantesco, nunca é quiche com salada. No Leblon se come quiche com salada, no Leme só sai das panelas arroz à piamontese, batata frita, bifes e outras comidas que se servem com duas colheres, uma técnica que os garçons antigos aprenderam no La Mole."

O Leme é aquele bairro que só tem 5 ruas. Vai tooooda a vida pela praia e quando esbarrar na pedra olha pra esquerda. É ali. Siga por esse caminho: tribuneiros.com

17.6.09

Samba de Galeão

Aqui tem feito 18 graus e podemos alternar as Havaianas com botas. Há um ano guardados os casacos cheiram a mofo então estou na função de separá-los por cores para lavar, o que é difícil tendo em vista que um dos meus braços foi operado (teclar com uma mão me lembra quando eu não sabia datilografar em máquina de escrever!).
Imagino que você não queira casacos, mas areia. Areia e Janot. Não tenho visto o Janot, mas me faria bem. Não tenho pisado na areia porque dizem que pode me fazer mal, mas penso que se fosse para ter problemas com o sol Deus não me colocaria nessa cidade. (Paul McCartney teria pensado nisso.)
A luz está linda nesse outono e juro que não é para disfarçar problemas no roteiro como em filme ruim, presta atenção no colorido da lagoa ao sair do túnel. É sempre quando eu suspiro por estar aqui.
Será que você tem andado por aí se despedindo, abraçando esquilos no Central Park, transformando qualquer refeição em brunch, atravessando várias vezes a ponte a pé? Será que você está fazendo planos ou se cansou de mudá-los? Tomara que não tenha perdido sua deliciosa capacidade de se entregar loucamente - a uma idéia. Ok... e ao seu marido (que eu não sou ciumenta). O bom de uma amizade é isso, a gente nunca precisa pedir o outro em casamento e ninguém se apavora pensando se queremos continuar ali. Simplesmente estamos sem medir o sempre.
Com você aqui voltaremos a mandar emails juntando pedaços das histórias confusas da noite anterior e não mais nos atualizando sobre how are we doin. Veremos bem de perto os efeitos dessa temporada longe. Não direi nada sobre as vezes em que nos lemos chorando, só que esse ano não passou rápido demais. Continuamos colecionando uarifes como se fossem toy art, nossa prateleira está cheia deles porque nosso caminho é cheio de What if, mas reagimos com menos ansiedade a essas bifurcações. Ou não.
Se me permite dar uma notícia, digo que essa vida à toa anda boa.
Como sempre.
As fases ruins passam. Também.
Pega esse avião. Vem beijar o meu Rio de Janeiro antes que um aventureiro lance mão.

8.6.09

Um chinelo velho do seu número

Se no seu céu falta raio, estrela e luar, a tampa é pequena demais para a sua panela, o pé prefere ficar descalço a viver apertado e o sol da sua praia dá câncer, leia Tribuneiros. E vá ao Jobi.