16.11.07

Know all of the things that make you who you are

Meu livro de cabeceira é 1000 Lugares para Conhecer Antes de Morrer. Assim, quando o despertador toca e o corpo diz que não vai, olho para ele, para o extrato do banco preso no mural e vou trabalhar. Viajo muito mais sem sair do lugar do que com o pé na estrada, mas pelo menos a crise nas idéias não depende do governo como a aérea.
Agora foi lançado 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer, onde 90 jornalistas e críticos de música apresentam uma seleção dos álbuns mais inesquecíveis de todos os tempos. Desde que eu recuperava fitas K7 com durex e as enrolava com caneta Bic meu playlist mudou muito (passou inclusive a se chamar playlist). Xeretando o que escrevi há exatos 2 anos no blog antigo, achei esse texto:

"(...) Músicas marcam momentos das nossas vidas até que montamos nossa própria trilha sonora. Eu tive a certeza de estar vivendo um desses momentos únicos quando ouvi Maroon 5 num show em Praga. Pôr do sol, 10 graus de primavera, neve derretendo e a praça principal enfeitada para o dia de São Patrício. Todas as pessoas cantavam baixinho, e eu sempre volto para aquele lugar quando ouço She Will be Loved de novo. Um bloco de Carnaval lava a alma, e quando caiu um temporal na hora em que o Cordão do Bola Preta tocava Explode Coração, não ficou um inteiro. Passei a adolescência na California de tanto que ouvi All Eyes on Me. Orishas é a cara de Barcelona.
(...) Foi assim que me encantei por Los Hermanos. Vivia tão triste que ouvir Mais uma Canção era o conforto de saber que eu não estava sozinha, alguém já tinha sobrevivido àquela dor. Ou não, e a genialidade do artista está em conseguir detectar o que vai no coração das pessoas e transformar aquilo em música. Tenho ouvido muito Zélia Duncan, Black Eyed Peas e Vanessa da Matta. Dependendo do momento, ouço Even Flow ou Maggie May. E nessa de andar na praia para ficar muito tempo só ouvindo música, descobri Doesn’t Remind Me, do Audioslave. Fala de coisas que o autor gosta por não trazer lembranças de nada: The things that I've loved/ the things that I've lost/ The things I've held sacred/ that I've dropped/ I won't lie no more you can bet/ I don't want to learn what I'll need to forget. Essa é a armadilha das músicas. Vão sempre remind me of something, não tem como escapar".

Black Eyed Peas? Zelia Duncan? Ano vai, ano vem, continuo ouvindo essa do Audioslave. E hoje me peguei cantando Vanessa da Matta (mas só essa!)

...Tudo o que quer de mim/ Irreais expectativas desleais...

So many special people in the world... A APAE está cheia delas.

2 comentários:

Anônimo disse...

OUTCH!
Eu sou especial ora bolas!
E vc tb é vai.. :)

Anônimo disse...

cara, me apaixonei com essa última frase... é bom ver que eu não sou a única pessoa politicamente incorreta no mundo