2.6.08

All that you can't leave behind

Estavam ali os dois e não tinha muito tempo, mas ficou longe. Não parecia mais possível.
Um short verde, corpo molhado da piscina, uma lata de cerveja na mão e ela na outra. O cabelo dela era maior e mais escuro, o sorriso era mais ingênuo, o coração era mais feliz. Ele também tinha um sorriso leve, estava gargalhando na foto. Não era muito freqüente e quando se dava essa chance era encantador.
Se deram muitas chances. Acabou. O vício dela em leite, o boa noite por telefone, a certeza de que ele chegaria antes da hora marcada, tudo agora só existia nas lembranças de cada um, nas mágoas, frustrações e incompreensões mútuas. Tudo aconteceu, só não tem mais, e tudo fez com que ela chegasse até aqui.
Era a primeira vez que não jogaria as coisas fora. Deu um suspiro, guardou o isqueiro, fechou a caixa e colocou no alto do armário junto com as apostilas dos cursos que nunca leria de novo. O que realmente importava ela aprendeu nas aulas, o resto é só papel.

You're packing a suitcase for a place
None of us has been
A place that has to be believed to be seen
You could have flown away

A singing bird in an open cage
Who will only fly for freedom

Stay safe tonight

2 comentários:

Anônimo disse...

compartilho tanto, mas taaanto de suas idéias.
adoro passar por aqui.
é, eu nunca comento. aliás, só mesmo o "Tribuneiros" com as discussões online pra ter tantos comentários...
o papel fundamental disso aqui pra mim é poder encontrar outros mundos e por mais que eu não faça remota idéia de quem o escreva... me sinto menos sozinha.
continua, pra sempre?
rs.
brigada.
compartilho.

Leticia Wahmann disse...

lindo....