1.1.12

@Noel


E aí, gorducho fofinho? Teve um #felizNatal? Essa história das festas terem caído em fins de semana atrapalhou mais do que a chuva, não achou? Não percebi que era Natal nem na Leader Magazine! O lado bom é que quase consegui escapar da tradicional angústia de final de ano – e digo quase porque hoje, sem querer, ouvi a Árvore tocar Noite Feliz, aí é um golpe muito baixo. Ela já está linda com presentes iluminados ao redor e ainda inventaram de colocar músicas instrumentais a cada hora, fui pega de surpresa aos quarenta e cinco do segundo tempo! É um certo delay se emocionar no dia primeiro de janeiro, mas fazer o quê? Pude evitar a longa apreciação dos fogos e fui surpreendida pelo efeito caixinha de música ecoando por toda a Lagoa, quando digo que se existe um Deus ele tem um certo humor negro você se zanga.

Enfim, sobrevivi a mais um reveillon, consegui até me divertir bastante em uma festa fortunosa que parecia último capítulo de novela e agora tudo volta ao normal: os turistas que andam de biquíni no calçadão e dirigem como bêbados sumirão, podemos encontrar com os amigos a qualquer dia de qualquer mês sem sentir a pressão de um prazo se esgotando, os planos devem ser colocados em prática porque não cabe mais a desculpa de que em dezembro não adianta começar nada (vai malhar!). Quanto aos turistas, confesso, não sei por quantos sábados e domingos até o Carnaval teremos folga deles – eu que tanto torci pelo desenvolvimento do potencial turístico da cidade me vejo inventando estratégias para espantá-los (e nem assim ouso pensar em preços abusivos como estão, vou pelo caminho de plantar notícias falsas envolvendo as UPPs ou fotografar os miquinhos nas ruas e associá-los ao Planeta dos Macacos). É que não cabe, Noel! Não cabe no meu bolso essa moda de Cidade Olímpica nem nas ruas espremidas entre a montanha, mar e Lagoa. Não cabe nos blocos, nas praias, nos bares, no glamourizado Leblon televisionado pelo Manoel Carlos. Se ao menos os garçons se tornassem mais bem educados... Como será que fazem os parisienses? Uhn, verdade, ficam mal-humorados como estou.

O mau humor é só por esse ponto, Noel, em todo o resto sou só sorrisos para o ano que passou, tanto que por mim ele nem precisava passar. Nem Susan Miller leio mais, acredita? O que tem vindo, de bom ou nem tanto assim, tenho encarado, bem ou nem tanto assim, mas conseguindo. Adoraria não ter essa dor nas costas e acreditar um pouco mais que toda forma de amor vale a pena, por enquanto sigo alternando compressas de água quente e Tandrilax e letras de música e cinema independente, um cachorro que parece urso panda é mais útil para quem vive sozinha do que abridor de potes (anota essa dica). 

É isso, bom velhinho, não poderia deixar de escrever essa nossa já tradicional carta, não prometerei aparecer tão assiduamente nesse blog quanto outrora por ter percebido que foi o que mais pensei em 2011 e não executei . Só deixo aqui registrado que apesar de não saber uma música da Paula Fernandes, ter visto apenas um filme da lista dos melhores e ter sentado raras vezes no Jobi fiz muito bom proveito desse ano arrumando minha casa. O astrólogo recomendou que eu recebesse mais, quem sabe o que vem por aí? Sem pressa, vamos (vi)vendo.

Como aprendi deliciosamente na Italia: tanti auguri per te! E pra não dizer que não falei de Londres, seja exatamente como você quiser – feliz (em) 2012.

4 comentários:

Anônimo disse...

eu fui atingida pelo mesmo golpe baixo hoje. achei que poderia deixar o kleenex em casa, passadas as "festas". Me dei mal: fui surpreendida de hora em hora por "Noite Feliz", "and so this is Christmas", e outras cancoes natalinas ... As bols da lei seca na Lagoa será que prendem pessoas que derrubam lágrimas? Ai meu Deus ...

Monica Dorin Schumer disse...

Só vc...a loca mais amada do quarteirão, pra colocar em palavras o que anda nos nossos corações ! (ih..rimou ! rs)
Feliz Tudo Pra Nóis !!! Monica S

Julieta disse...

Ho ho ho

(verificação de palavras: sledge, ou seja, é mesmo tempo de neve)

ADMIRADOR SECRETO disse...

Voce é perfeita.....