Há muito tempo, em um mundo nem tão distante, não existia o verbo deletar. Não existia nem o "Delete". A menininha colocava a máquina em cima da mesa de jantar, encaixava o papel com cuidado pra não ficar torto e assim as histórias não parecerem que cairiam da folha e ia empurrando com os dedinhos as letras até o fundo, para que as hastes subissem com força e carimbassem o simbolo correspondente à imaginação. No final puxava a obra com orgulho e guardava numa pastinha de elástico.
Um dia eu escrevo sobre a máquina automática que as crianças não podiam usar: "vocês vão acabar com a fita de apagar". E um dia eu aprendo a fotografar.
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