26.3.12
23.3.12
Pra você
A dedicada equipe entrou, em
frente à mesa se sentou e com tom de salvação do horário nobre disparou:
“chefe, queremos que você namore aquele garoto”. A chefe caiu na gargalhada
aliviada pela razão da convocação ser a possibilidade do colega ao lado
tornar-se uma possível união, agradeceu imensamente a boa intenção. O candidato era um tanto equivocado, mas havia razão naquela questão -
já era hora de acabar com tanta solidão. Bastava de tanto penar! Como reverter
a situação é no que ela deveria pensar.
Ela sabia que estava
diante de uma inédita, intrépida, romântica missão - encantar-se por qualquer
um não era a saída, existia um certo moço e ela o traria de volta à sua vida.
Ex-namorados até ofereceram cartas de recomendação, mas essa estratégia não parecia uma boa solução. Precisava de um plano que convencesse o homem desavisado em seu viver despreocupado
que o melhor lugar era ao seu lado.
A tarefa não parecia fácil ainda
que com sua força de vontade ela fosse capaz de desencalhar o mais pesado
cetáceo. Outras moças piscariam demoradamente e largariam ao vento lencinhos
brancos, dançariam até o chão o mais sexy pancadão, desafiariam para um duelo a
rival – uma tal que ele namora e com quem esteve no Carnaval. Há as que invadam
prédios, mas isso, juro, ela não considera um bom remédio. Há as que esperam,
as que olham para o lado, logo beijam outro e prosperam, as espertas que
detectam uma oportunidade e certeiramente agem na maldade, as que desistem, nem
insistem, pra que tanta teimosia, isso só traz agonia, segue em frente, olha
nesse mundo quanta gente, você arruma rapidinho um outro pretendente. E há ela.
Ela não entrou nessa história para
ser passiva donzela, quem dera! Também pudera, desde tão cedo viveu com tanto
medo, prefere rio com crocodilo e vilã com serpente a ter que lidar com gente.
Não qualquer gente, claro, só essas que quando aparecem o coração sente, as que
conversam até tarde, falam de praia,
campo e cidade, as que quando saem de perto ela quase chora, que tem livro
espalhado pela casa para ler para ela a qualquer hora. As que quando chegam
perto dão aquela olhada maliciosa que a devora (ela adora). Que começam
beijando devagarinho, gosto de champagne com uva, bem
docinho, que vão esquentando, o corpo dela apertando e dissolvendo,
que quando suspiram por trás da nuca... alguém acode, ela está morrendo! Que
mordem a boca e dão calafrio, falam baixinho, arrepio, confessam desejo e
ela agarra forte num beijo já que vontade não tem juízo não. Então por que,
céus, abrir mão? Que bom seria viver sem pensar uma paixão.
Mas o tal alvo é ocupado, sério,
decidido, moço já tomado. Fica ressabiado com o que ela pode querer, vai que é
mais do que ele pode prometer? O que talvez ele não saiba é que ela mandaria às
favas a precaução, pagaria para ver porque o futuro nem ela, nem ele, ninguém
nesse mundo pode prever. Então ela decidiu escrever essas
rimas, ô rapaz, só pra dizer - joga tudo pro alto, larga tudo pra trás! Não
perde a menina na história, depois vai viver de memória? Não se esquece que a
vida é do jeito que a gente faz.
22.3.12
Os moços do meu tempo (ou do tempo do Tribuneiros)
Para Nanda, Lalol, Olga e Pinha. CA e Pim, para Pian, Bruno Menezes e João Paulo Duarte.
De 2006.
Isso não é uma revanche. Os moços do meu tempo, Dondon, ainda gostam
muito de competir, mas hoje vamos aplicar uma lição de antes do seu tempo.
Porque olha o que encontrei nas conversas do Jobi, moços querendo um amor! Olha
esses rapazes tão vaidosos malhando os braços e esquecendo-se das pernas,
falando das “mulezinha” e tirando onda com os “muleque”, quem diria que andam
sonhando com um beijo gostoso, um abraço apertado daqueles que tira os pés do
chão mas que não acabe depois da noitada. Andam muito intransigentes nessa
escolha, pior do que donzelas à procura do príncipe encantado, não perdoam um
deslize e chamam tudo de deslize! É, Dondon, os moços do meu tempo não mudaram
muito desde sua época não, são sempre os mesmos sonhos de quantidade e tamanho.
Mas evoluíram, quase acreditam que podem chorar. Ainda não debatem
relacionamento mas já aceitam conversar se lhes interessar que tudo acabe bem.
Então vamos aplicar nessa conversa a teoria dos jogos, porque falta a eles um
manual de instruções. Virou uma guerra o relacionamento entre damas e
cavalheiros, e os dois só querem um olho no olho, dançar junto e serem felizes
para sempre.
Os moços do meu tempo esperam um dia ser pais de família, um dia... Só não sabem ao certo onde guardar as fotos das micaretas que a musa curtiu com as amigas, e engatinham na arte de fazer o papel de marido nas festas do trabalho dela. Esses moços têm uma sorte: se não quiserem, nunca precisam amadurecer porque o relógio biológico não está em contagem regressiva e não lhes impõe decisões fundamentais bem cedo. Dizem-se confusos, não sabem o que fazer com meninas tão loucas para provar que são capazes de viver sem eles. Diz o Xico Sá, para quem homem que é homem não sabe a diferença entre estria e celulite, que o primo lá da zona leste de São Paulo não anda perdido diante da mina gostosa que ele conduz até o terminal. Por aqui elas bradam que não querem o dinheiro deles, que não precisam de cuidados e agora inventaram de experimentar antes de decidir, mas dão chilique se não são tratadas como princesas. Não entendem nada, esses moços, e ficam ali babando enquanto elas dançam até o chão. Troço tão simples: elas querem que eles reparem na unha feita mas não a ponto de elogiar a mistura de Café com Rebu! (E se algum moço perguntou o que é isso, salvou-se uma alma no purgatório). Estão muito perdidos esses moços, não conseguem acompanhar os vários assuntos que elas falam ao mesmo tempo, não sabem se passam creme ou cospem no chão, se preferem um terno do Ricardo Almeida ou a camisa furada de ontem, se pedem caipirinha com adoçante ou saem por aí pegando geral fingindo que o descartável preenche o buraco no peito.
Juram que têm pavor de aliança, mas quando as moças decidem viver tribalisticamente sem pensar no casamento dizem que elas são descontroladas. Eles não sabem se quando crescerem serão machos-provedores ou coadjuvantes da pós-revolução feminista. Acreditam em todas as façanhas contadas depois do futebol e nunca conseguem fazer em casa o que vêem na TV. Aí perdem a paciência, em Salvador tudo é mais fácil. Para eles tudo tem que ser simples, e quase sempre é, Dondon, graças a uma enorme e invejável capacidade de abstração. Mas as moças adotaram o discurso que por séculos ouviram deles, e aí eles chamam de arrogância o certo ar cruel de quem sabe o que quer que elas têm ensaiado para conquistá-los. Deram para dizer até que elas não prestam! Moças, hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás, eles ainda querem uma lady na mesa. Ora veja bem, se são as mulheres que têm o dom de iludir nessa enchente de canalhas líricos ou mesmo de malandros banais. Não sabem perder, Dondon, eles não aprenderam o que fazer quando desiludidos. Por isso saem pela vida com suas quadrilhas, cheios de hormônios adolescentes, caminhando na ponta dos pés como quem pisa nos corações. São todos ótimos em despertar sentimentos com os quais depois não sabem lidar.
Os moços do meu tempo, Dondon, são eternas crianças. Ainda não pedem informação quando perdidos, não conseguem guardar as roupas e sempre tentam driblar a camisinha. Jogam Playstation no sábado à noite enquanto deixam as moças cheias de caraminholas na cabeça especulando onde andará o meu amor. De resto é balela, eles sabem de cor o número para ligar no dia seguinte, pagam o jantar com um prazer que pula dos olhos, esperam pacientemente e não se desencantam com a tórrida noite por mais precoce que ela tenha sido. Desde que, bem entendido, eles queiram mais. Porque, caso contrário, eles simplesmente “não estão a fim de você”. Mas quando estão, coisa mais linda, Dondon, um moço deitado no colo da moça nem aí para a inveja dos camaradas.
Os moços do meu tempo esperam um dia ser pais de família, um dia... Só não sabem ao certo onde guardar as fotos das micaretas que a musa curtiu com as amigas, e engatinham na arte de fazer o papel de marido nas festas do trabalho dela. Esses moços têm uma sorte: se não quiserem, nunca precisam amadurecer porque o relógio biológico não está em contagem regressiva e não lhes impõe decisões fundamentais bem cedo. Dizem-se confusos, não sabem o que fazer com meninas tão loucas para provar que são capazes de viver sem eles. Diz o Xico Sá, para quem homem que é homem não sabe a diferença entre estria e celulite, que o primo lá da zona leste de São Paulo não anda perdido diante da mina gostosa que ele conduz até o terminal. Por aqui elas bradam que não querem o dinheiro deles, que não precisam de cuidados e agora inventaram de experimentar antes de decidir, mas dão chilique se não são tratadas como princesas. Não entendem nada, esses moços, e ficam ali babando enquanto elas dançam até o chão. Troço tão simples: elas querem que eles reparem na unha feita mas não a ponto de elogiar a mistura de Café com Rebu! (E se algum moço perguntou o que é isso, salvou-se uma alma no purgatório). Estão muito perdidos esses moços, não conseguem acompanhar os vários assuntos que elas falam ao mesmo tempo, não sabem se passam creme ou cospem no chão, se preferem um terno do Ricardo Almeida ou a camisa furada de ontem, se pedem caipirinha com adoçante ou saem por aí pegando geral fingindo que o descartável preenche o buraco no peito.
Juram que têm pavor de aliança, mas quando as moças decidem viver tribalisticamente sem pensar no casamento dizem que elas são descontroladas. Eles não sabem se quando crescerem serão machos-provedores ou coadjuvantes da pós-revolução feminista. Acreditam em todas as façanhas contadas depois do futebol e nunca conseguem fazer em casa o que vêem na TV. Aí perdem a paciência, em Salvador tudo é mais fácil. Para eles tudo tem que ser simples, e quase sempre é, Dondon, graças a uma enorme e invejável capacidade de abstração. Mas as moças adotaram o discurso que por séculos ouviram deles, e aí eles chamam de arrogância o certo ar cruel de quem sabe o que quer que elas têm ensaiado para conquistá-los. Deram para dizer até que elas não prestam! Moças, hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás, eles ainda querem uma lady na mesa. Ora veja bem, se são as mulheres que têm o dom de iludir nessa enchente de canalhas líricos ou mesmo de malandros banais. Não sabem perder, Dondon, eles não aprenderam o que fazer quando desiludidos. Por isso saem pela vida com suas quadrilhas, cheios de hormônios adolescentes, caminhando na ponta dos pés como quem pisa nos corações. São todos ótimos em despertar sentimentos com os quais depois não sabem lidar.
Os moços do meu tempo, Dondon, são eternas crianças. Ainda não pedem informação quando perdidos, não conseguem guardar as roupas e sempre tentam driblar a camisinha. Jogam Playstation no sábado à noite enquanto deixam as moças cheias de caraminholas na cabeça especulando onde andará o meu amor. De resto é balela, eles sabem de cor o número para ligar no dia seguinte, pagam o jantar com um prazer que pula dos olhos, esperam pacientemente e não se desencantam com a tórrida noite por mais precoce que ela tenha sido. Desde que, bem entendido, eles queiram mais. Porque, caso contrário, eles simplesmente “não estão a fim de você”. Mas quando estão, coisa mais linda, Dondon, um moço deitado no colo da moça nem aí para a inveja dos camaradas.
20.3.12
18.3.12
Partes
2012, parte 1
Não sei se a
conversa começou pelo fim do casamento, pelo suicídio relatado no último dia feliz
dos cônjuges ou pela disputa de stand up paddle ali realizada. Ouvíamos as mais recentes descobertas psicanalíticas de um inquieto e no final do dia o que teríamos
aprendido é que a Holanda é na verdade uma província dos Países Baixos e a rua
Rainha Elizabeth homenageia a monarca da Bélgica, não da Inglaterra. Ele
continuava tendo nascido em São Paulo, filho de um pai ausente que foi o primeiro
judeu hippie dos arredores mundiais de Ashton-Heights. Por mais estranho que
seja imaginar em uma comunidade Flor, Pepeu, Baby e Jacob isso aconteceu e
eles andavam nus, diziam-se artistas e provavelmente não tinham rumo nem renda.
Foi assim que o menino aos quatro anos acabou catatônico por vinte e três horas
sentado na entrada do apartamento incensado.
2001, parte única
Àquela altura eu
já tinha montado uma tabela com valores convertidos de korona para euro, não
precisava mais fazer conta a cada produto, mas continuava vivendo como se o
próximo passo fosse a falência. Era o quarto dia de uma viagem de trinta e não
tenho a menor ideia de por que não acreditei que, me mantendo dentro do
orçamento diário, as refeições e compras inerentes ao passeio estavam
garantidas. Vai ver eu não acreditava em nada que saísse de mim ou temia que
algo inesperado surgisse e eu não soubesse como lidar. Sempre achei melhor me
prevenir.
2012, parte 2
Durou de abril a
dezembro a tentativa de reconciliação e ele recomenda que não se perca tempo
com terapia de casal nem se conte historias de suicidas a pessoas que não falam
sobre seus incômodos. Ela o abandonou, não virou hippie nem ele – ao menos pelo
que incluiu no relato – catatônico.
Continuava na
nossa frente a disputa de stand up paddle e eu pensava que aquele esporte era
novo, tempos atrás era só surf. A areia com os pombos continuava igual, o morro
com as casas, prédios com vista para o mar, barracas, cadeiras, turistas, automóveis,
biscoitos, bebidas, sudoestes, sujeiras, salvamentos e eu.
2012, parte 3
Sempre
vem o pensamento de que deveríamos estar gratos pela vida que temos quando um poeta
não a tem mais. Em um dia ele surgia pelo meio das plantas, no outro morria de
pancreatite, nem ao menos entendi o que faz o pâncreas.
Tenho
e-mails sem resposta, problemas sem resposta e textos sem final. Mais um
diálogo na praia, novidades sobre a Holanda e
problemas de conexão inter-assúntica. Vivo fragmentos, breve em frangalhos.
Vivo entre os amigos que declamavam nomes ao jazigo para cada qual dizer-se
“presente”. Entre tantas pessoas uma ausência, jogassem na cova os vazios de si
e a sepultura viraria montanha que subiriam escalando para descobrir lá no alto
que chegou-se ao final.
Ausências,
demências, carências, problemas sem resposta e textos sem moral. E assim vão se
entorpecendo para não sentir o que dói lá dentro e um dia com tanto analgésico
morre-se de um pâncreas em silêncio.
Morre-se
de silêncio todos os dias.
Morre-se
todos os dias.
Silêncio.
2012, parte 4
Os olhos dele não
abriram mais, e ela ficou para sempre com aquela indefinição e eu fiquei com os
meus cheios de lágrimas e milhares de indefinições e uma vontade poética de
viver com elas. Ou sem elas. Viver apesar delas, à margem delas, na companhia,
da forma que for só não mais à mercê de solucioná-las – não há solução. Nem
para tudo existe resposta.
Então, inquieto, o
que agora lhe digo é para interromper as perguntas. Eu sei, há que se acalmar
isso aí dentro – e, por favor, não com tantos analgésicos. Busquemos, pois, distrações
diversas, ocupemos a mente, façamos com as minhocas o mesmo que com as crianças à
mesa - distraia-as com aviões imaginários. Brinque. Leve, vai.
Já arrumei
gavetas e sei que às vezes nem tudo cabe.
7.3.12
Quase tudo
“Todo mundo desmaia agora!” Aproximava-se
uma pessoa chata. Eles tem essa mania de que as pessoas ficam chatas, é
dificílimo acompanhar os status e morro de medo de um dia a maldição cair sobre
mim. À ordem dela desmaiamos imediatamente soltando nossos braços e cabeças sobre
as cadeiras da praia, fechando os olhos e acho que entreabrindo um pouco a boca
– não deu para reparar bem, mas a minha interpretação desconfio que tenha sido
assim. Quando autorizada nossa volta soubemos que o representante do perigo
voltaria à beira-mar pelo mesmo caminho, precisávamos de atenção. Ela conhecia
o itinerário porque foi assim que os dois haviam se encontrado semanas antes,
quando a visão dele ainda trazia felicidade – ele ainda não era chato e, ela
insiste, era malhado.
Desconfio de poetas sarados, não tanto
por preconceito, mais por estereótipo mesmo, e argumentei que um corpo não
decairia em tão pouco tempo, mas ela estava certa de que as costas do menino
estavam agora flácidas e a decadência corporal não tinha a ver com a quase-desilusão
amorosa. "Quase" não por ter sido pequena, mas por pertencer à sua quase-vida
amorosa. Não nos restou outra alternativa além de aguardarmos o retorno do corpo
para análise durante um re-desmaio.
Além de ter sido personagem da
quase-vida amorosa dela o moço tinha adotado uma estratégia duvidosa durante a
noite anterior. Um poeta sarado na mesa de um bar movimentado que levanta a
camisa e acaricia a barriga para chamar a atenção de sua presa depois de
falidas tentativas de jogar saquinhos de sal na cabeça dela não parece expert
em sedução. Não parece originalmente sedutor. Não parece nem legal. Não que esperássemos
frases bonitas ou textos rebuscados, essa era a tática de outro personagem da
quase-vida amorosa dela, apenas consideramos auto-acariciamento e brincadeiras
ginasiais esquisito. Acontece que o ato não funcionou como conquista, mas foi imbatível
como diversão e passamos a tarde interrompendo diálogos com rápidas imitações da
cena, em um estilo Latino featuring
Ricky Martin. Quase compensou perder o pretendente.
Apesar de ter uma quase-vida
amorosa temos pretendentes, o que é melhor do que nada. Os pretendentes não geram
passarinhos de animação voando ao nosso redor em dias ensolarados ou meios que
produzam finais felizes, na verdade mal geram as doses diárias mínimas recomendadas
de serotonina e por uma infeliz equação de erros + memória quase achamos isso
bom, mas geram tardes divertidas. Falando sobre eles, não com eles. Às vezes nós
quase preferimos que um desses acerte o alvo e mude o jogo.
Antes que passássemos a preferir ela
avisou que o poeta chato já tinha voltado como previsto e não tínhamos
percebido. Só nos restou então fazer mais uma vez a imitação de Latino featuring Ricky Martin e revermos nossa
opinião sobre comportamentos bizarros: viva os sedutores desastrados e artistas
inofensivos.
É normalmente assim meus sábados com
eles. Às vezes damos uns furos, analisamos sarcasticamente nossos quase-relacionamentos
mantendo a certeza de que todos os esforços devem ser empenhados em prol de
boas histórias. Eles são o que ela um dia definiu como “pessoas em quem podemos
nos refastelar”. Um quase preenche totalmente o buraco no peito do outro.
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