5.7.21

Diário de uma pandemia – Vol XIII (Da felicidade)

Família. Viagem. Natureza. Café da manhã. Piada interna. Chuveiro bom. Banho de banheira. Ofurô. Tarde com amigos. Noite com amigos. Novos amigos. Apelidos carinhosos. Fazer as pazes. Se perdoar. Flerte. Gente que escreve bem. Gente inteligente. Internet rápida. Se desconectar. Senhas que funcionam. Mensagens que dizem “me lembrei de você”.  Purpurina. Bateria. Fantasia. Cheiro de Noskote. Vídeos de aniversário. Mesa de bar. After. Resenha. Quem lembra o pedaço da noite que a gente esqueceu. Caipirinha de sake. De kiwi. De lichia. Com seriguela. Vinho. Mergulho. Água salgada. Água doce. Pegar jacaré. Barco. Cachorro. Cavalo. Vaca. Elefantes em seu habitat natural. Maritacas histéricas. Passarinho na janela. Gato se enroscando na perna. Qualquer bicho vertebrado. Baleia na Baía de Guanabara. Bahia. Vento. Livros. Filmes. Séries. Rede. Torções. Invertidas. Queijo. Beijo. Miligramas de imprudência, imaturidade e irresponsabilidade. Dormir no sofá. Manta fofinha no inverno. Torcida.  Mãos dadas. Carinho na cabeça. Ver o sol nascer. Ver o sol se por. Sol. Lua cheia. Céu estrelado. Beber chuva. Cantar. Dançar. Usar uma roupa linda. Alecrim colhido na jardineira. Planos de viagem. Viajar sem tirar os pés do chão. Tirar os pés do chão. Quadrilha de festa junina. Matte com limão. Batucar na mesa. Tentar. Conseguir. Compor. Rocambole de morango. Waffle com mel. Torrada Petrópolis. Petrópolis. O verde das árvores com o azul do céu da serra. O mar verde de Angra. Em frente ao prédio azul perto do mar. Lado direito do palco. Atrás do cortejo. Nadar debaixo d´água. Encontrar tartarugas marinhas. Cheiro de capim limão. Sotaque nordestino. Doce de leite de Minas. Compota no Pantanal. O Pantanal. África. Banho de rio com boto. Arte. Inhotim. Parque Lage. Instituto Moreira Salles. Arte de rua. Sala de cinema. “Estamos no ar”. Passagem de som. O Chico Buarque quando ri do que ele próprio está contando. A rouquidão da Marisa Monte. A calma do Gil. As letras do Caetano. A sabedoria da Rita Lee. As letras do Marcelo Camelo. Circo Voador. Festas populares. Pastoras. Velha guarda. Quadra de escola de samba. A Sapucaí. O Atacama. Pisco sour. Pão francês quentinho. Bolo com calda. Perninhas de bebê balançando no carrinho ao te ver. “Oi, Dinda!”. Sorriso. Gargalhada. Ataque de riso com lágrimas. Inspirar, expirar. Pastel em Caraíva. Chamada do Havaí. Cadeiras viradas para a rua em Paris. Playlist pronta. Massagem. Neve. Cashmere. Remédio de nariz. “Deixa que eu faço isso”. Céu com estrelas. As luas de Júpiter.  Música ao vivo. Abraço. “Eu vou com você”. 

Vacina. 

Cura.

Um comentário:

duran disse...

Me lembrei desse blog.
A importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós.